sexta-feira, 27 de abril de 2012

A cabeça e o ego

"O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele." Nietzsche


Nossa cabeça é  uma coisa interessante. Criamos situações, observamos coisas onde não existem e sentimos coisas que não são comuns.Isso tudo parece bem interessante, mas lendo essa frase de Nietzsche e observando essa semana louca de inscrições, vi que realmente o macaco é muito simpático para o homem descender dele. Ou pior ainda, nossa involução é tão grande, que estamos sendo simpáticos só quando nos é interessante.Uma frase que todo mundo já escutou mil vezes e é a mais pura verdade: "Se queres conhecer um homem, de poder a ele."E muitas pessoas simpáticas, que faziam a teoria da macaco parecer real, quando tiveram o poder nas mãos se mostraram grandes tiranos, ou grandes manipuladores.Dois casos: Um menino muito novo, gerenciando uma equipe de pessoas mais velhas do que ele.O menino, até então querido por todos, começou a querer mostrar uma liderança, que no caso era desnecessária. Começou a aplicar uma lógica privada e mercantilista em uma coisa que era voltada para o crescimento social.Começou a ficar rude, grosso, a somente criticar, ver erros e estabelecer metas, cada dia mais inatingíveis.Resultado: quando ele não estava presente o serviço rendia, quando ele estava presente as pessoas se sentiam coagidas e como forma de retaliação não trabalhavam direito.Começou a perder os amigos, ganhou apelidos, colocou o seu nome na boca do sapo. O poder subiu tanto sua cabeça e inflou seu ego de forma tão mortal que mesmo depois do trabalho acabado não conseguiu voltar ao que era antes.E pior, começou com uma mania de perseguição e desenvolveu um amor pelo poder que inviabilizaram sua socialização. O profissional estagnou. Não é possível crescer agora pois ele acha, de forma infundada, que já está no topo.Segundo caso: Na universidade, depois de muita luta, organização  e coisas do tipo, foi possível estabelecer um CA, uma diretoria foi eleita e a partir dai uma elite foi criada.É claro que dentro de um movimento estudantil nunca se imagina uma elite. Você sempre sonha com a igualdade, chega a ser quase um sonho socialista.Porém por não buscarmos entender nosso passado, acabamos cometendo os mesmo erros.Uma menina, que era sempre sociável, dizia sempre estar buscando o bem, participa da chapa e teve o gostinho do poder. Ops! Tudo começou a desandar.Ela começou a achar que era a solução de todos os problemas e a unica voz da verdade.A cada demanda de alunos que ela não concordava, quem a elegeu e tornou seu pequeno poder possível, ela passou simplesmente a ignorar, ou pior a retalhar.Encontrou uma falsa luz em quem já estava no poder. Viu os ganhos que poderia ter.O que esses dois e muitas outras pessoas não entendem é que o poder é algo transitório.Afinal, só se tem poder quem recebeu isso de algo ou alguém. "O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros." Confucio

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